Telecentros para possibilitar o uso massivo da banda larga

"Não dá para imaginar banda larga em toda casa", diz Roberto Pinto Martins, do Ministério das Comunicações. Para ele, a ampliação do acesso à banda larga, no Brasil, demanda criação de telecentros.

01/10/09 – Levar Internet em banda larga a todos os municípios brasileiros, inclusive à zona rural e trabalhar para aumentar a velocidade de conexão dos pontos já existentes. Essas foram algumas das alternativas para a democratização da Internet que o Ministério das Comunicações apresentou no seminário “A universalização do acesso à informação pelo uso das telecomunicações”, organizado pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados no dia 29 de setembro.

O secretario de Telecomunicações do ministério, Roberto Pinto Martins, lembrou que as ações do governo para popularizar o acesso a microcomputadores devem caminhar junto com a conexão à Internet de alta velocidade. Ele citou algumas das ações que fazem parte do Programa de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, como os Telecentros Comunitários, o Banda Larga nas Escolas e o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais.

“A grande possibilidade de crescimento da banda larga não está nas classes A e B, mas nas outras classes. Na zona rural, a questão é ainda mais dramática. Temos mais de 8 milhões de domicílios rurais e 2% de penetração de internet nessas áreas. Daí a nossa preocupação em lançar uma política para atender especificamente essa questão”, disse.

A portaria que institui o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais foi publicada no Diário Oficial da União no fim de julho. O atendimento começa no próximo ano e a cobertura total da zona rural deve ser garantida em até cinco anos. A política também vai permitir a conexão das mais de 86 mil escolas rurais espalhadas pelo Brasil. Atualmente, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Educação durante o seminário, apenas 3,5% das escolas rurais têm conexão à internet.

Para o secretário, a universalização da internet em banda larga passa necessariamente pela criação de pontos de acesso coletivo. “Não dá para imaginarmos que em toda casa vamos ter banda larga.  Muitos dos acessos à banda larga poderão ser feitos em locais coletivos. É necessário fazer um investimento, dar uma atenção especial ao acesso coletivo – seja na escola, nos telecentros ou em outros pontos. O importante é que toda a população tenha acesso. Se o sujeito, por alguma razão, ainda não tem condições de ter acesso a essa facilidade dentro do seu domicílio, temos que criar condições para que ele tenha acesso fora”, afirmou.

Também participaram do painel o assessor especial da Casa Civil, André Barbosa; a conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Emília Ribeiro; e o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna. (Do Portal ID Brasil)