A Formação dos monitores bolsistas começa no Mês de setembro
ARede nº60, junho 2010 –Um dos pontos altos da 9ª Oficina para Inclusão Digital foi o Telecentros.BR, sobre o qual gestores e monitores tinham grande expectativa e fizeram muitos questionamentos. Cristina Mori, a Kiki, coordenadora executiva do programa no Ministério do Planejamento – um dos coordenadores da iniciativa, em conjunto com os ministérios das Comunicações e de Ciência e Tecnologia –, fez uma apresentação detalhada do programa, que já começa a atender os dez mil telecentros dos 63 proponentes selecionados (3.500 já existentes que serão modernizados e 6.500 novos). “Vamos começar pelos que estão em funcionamento e pelos que já dispõem de espaço físico e infraestrutura adequada, dentro das determinações do programa”, avisou Kiki. Dentro de alguns dias, segundo a coordenadora, estará disponível, no site do programa (www.telecentros.gov.br) uma cartilha de como os espaços devem se adequar para receber os equipamentos.
Por enquanto, já está no ar o Manual da Rede de Formação, que também suscitou muitas dúvidas por parte dos gestores e monitores. Pela primeira vez no programa, serão oferecidas bolsas – de R$ 241,50 e de R$ 483,01 – para jovens da comunidade atuarem como agentes de inclusão digital. Esses jovens receberão uma formação de 12 meses, com carga horária total de 480 horas.
Uma grande preocupação do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Tecnológica (CNPq), órgão responsável pela remuneração dos cerca de 18 mil bolsistas do programa, é a transparência no processo de seleção desses jovens. “Não serão aceitos bolsistas que tenham parentesco de até terceiro grau com supervisores do programa na telecentro ou na entidade proponente”, advertiu Alexandre Guilherme Motta, coordenador de Apoio à Pesquisa. Desenvolvimento e Aplicação do CNPq. Cada unidade vai se responsabilizar por sua estratégia de seleção. Se houver um conselho ou comitê local, é recomendável que sejam envolvidos nesse processo.
Para a formação, foi constituída uma rede nacional, com a participação de cinco instituições – responsáveis pelos polos regionais Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e uma instituição na coordenação nacional. A primeira turma deve começar a capacitação em setembro.
Confira, a seguir, informações importantes sobre o perfil dos bolsistas:
• Ter entre 16 e 29 anos e morar na comunidade onde o telecentro está instalado
• Ter ensino médio completo ou estar cursando ensino fundamental ou médio
• Dedicar 6 horas por dia ou 30 semanais ao telecentro, incluídas duas horas diárias de formação (por curso à distância).
• Apresentar características como liderança, comunicação, participação na comunidade, capacidade de mobilização, afinidade e disposição para lidar com tecnologia, capacidade de interpretação de textos.
• O bolsista que participar de toda a formação receberá um certificado do Ifet
• Cada bolsista vai ser acompanhado presencialmente por um gestor local. Esse gestor deve passar por uma formação na plataforma EAD que será usada na formação.