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Telecentros.BR faz balanço e apresenta novas metas

A REDE AVANÇOU NA ARTICULAÇÃO, MAS AGUARDA A INFRAESTRUTURA.

ARede nº 77 janeiro de 2012 – Entre as sessões mais concorridas da 10a Oficina, os encontros do Telecentros.BR colocaram frente a frente gestores das iniciativas regionais, ansiosos por ter respostas para seus questionamentos e dúvidas, e os responsáveis pela coordenação do programa, preocupados em prestar contas das dificuldades encontradas e passar informações sobre os próximos passos.
A correção de rumos mais importante diz respeito ao número de unidades. Para 2012, o programa vai trabalhar com o universo de 4.200 telecentros.
A Secretaria de Inclusão Digital informa que não será possível atender à totalidade da demanda original 8.472 unidades implantadas, das quais 5.797 seriam telecentros novos, 1.822 seriam telecentros já em funcionamento, e 853 telecentros já montados que aguardavam conexão à internet.
A Secretaria afirma que não há recursos orçamentários disponíveis pois, quando o projeto de lei que destina recursos complementares ao programa foi aprovado no Congresso Nacional, em 30 de dezembro de 2011, o Ministério das Comunicações não tinha limite orçamentário para executar os recursos. Assim, de acordo com a SID, “o foco não será quantitativo, mas de qualificação dos telecentros, objetivo principal do Programa Telecentros.BR. As novas implantações dependerão de orçamento e da avaliação do processo realizado em 2012”.

As novas implantações dependerão de orçamento em 2012
Uma das principais novidades operacionais do programa é a mudança no formato de gestão da Rede Nacional de Formação. O Polo Nacional foi extinto e a coordenação passou para um Comitê Gestor composto por dois representantes de cada Polo Regional. Toda a área de Tecnologia da Informação e o Banco de Dados da rede serão assumidos pela Universidade Federal de Minas Gerais e pela Universidade Federal do Pará.

De acordo com Beatriz Tibiriçá, a Beá, da coordenação da Rede, “haverá um ganho com o novo formato se o Comitê Gestor conseguir se consolidar como deliberativo e se isso for acompanhado do andamento urgente na infraestrutura do programa”. A Rede vai continuar recebendo monitores não bolsistas para formação. E também foram anunciados o lançamento de um curso para Gestores de Telecentro, a montagem de um Plano de Comunicação e a elaboração de uma estratégia para receber novos parceiros.
Confira, a seguir, as informações atualizadas sobre o programa, fornecidas no início de janeiro deste ano pela SID:

Equipamentos
Estão em andamento as entregas de computadores e mobiliário para telecentros das etapas 1 a 3, que correspondem a cerca de 3.200 unidades, com entregas já disparadas e com expectativa de montagem até março. Outros 1 mil telecentros da etapa 4 devem ser entregues e montados até o final de junho.

Montagem
A prioridade é dos telecentros com fotos aprovadas, conforme a concentração em determinada região. Assim, telecentros de Volta Redonda (RJ) e do Ceará, que haviam recebido equipamentos e mobiliário, e que estavam com a infraestrutura adequada, já foram instalados. A próxima leva contempla Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Em seguida: Pará, Paraná e Rio Grande do Sul. Há também atendimentos pontuais pela equipe de instaladores, conforme as rotas que percorrem. As proponentes são comunicadas com uma semana de antecedência, para que avisem os telecentros, finalizem os preparativos e estejam a postos para resolver quaisquer pendências no momento da montagem das máquinas.

Conexões

Conforme os telecentros são montados, os pedidos para conexão são disparados. Pretende-se que até junho 3.200 telecentros estejam conectados, e outros 1 mil até setembro. Inicialmente serão utilizados remanejamentos de antenas do Gesac e, ainda em 2012, pretende-se efetivar o novo contrato do Gesac, de modo a melhorar a distribuição entre pontos que podem ser atendidos por outras tecnologias, diferentes do satélite.

Formação

O programa está com cerca de 3 mil cursistas na Rede Nacional de Formação. A taxa de entrada de novos participantes aumentou consideravelmente desde a abertura de vagas para não bolsistas. Pessoas que atuam em telecentros apoiados pelo ministério, mesmo sem bolsas do programa, podem participar da formação, inscrevendo-se em turmas que se iniciam todos os meses. Para os não bolsistas, o curso tem duração de seis, em vez de doze meses. Este ano, estão previstas atividades de formação voltadas à gestão dos telecentros e a validação de cursos externos, que receberão a chancela da Rede de Formação. Também estão sendo analisados conteúdos específicos, voltados à integração de políticas públicas no espaço dos telecentros.

Bolsas
O programa finalizou 2011 com cerca de 1,7 mil bolsistas. O curso da primeira turma terminou em janeiro, quando cessa a vigência da bolsa. As proponentes estão sendo orientadas a selecionar e inscrever novos bolsistas em substituição aos concluintes, para atuar nos mesmos telecentros. Os bolsistas concluintes não podem permanecer com a bolsa, pois a perspectiva do programa é oferecer oportunidades para mais pessoas da comunidade. Os que concluem o curso podem ser contratados pela instituição local responsável e continuar no telecentro. Para a lógica do programa é interessante que as proponentes viabilizem a permanência dos formados para oferecer a eles novas perspectivas e ampliar ainda mais as potencialidades do telecentro.

Gestão

A proposta de Decreto que transfere a coordenação executiva do Telecentros.BR para o Minicom já está em análise pela Casa Civil. Paralelamente, o Ministério do Planejamento delegou a operacionalização da coordenação executiva ao Ministério das Comunicações, que em breve compartilhará com as proponentes a proposta de novo Acordo de Cooperação Técnica para o prosseguimento do programa. O Mincom também está iniciando as conversas com as proponentes para definir as metas a serem pactuadas nesses novos acordos. (A.L.)

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