No site do Partido dos Trabalhadores (PT), há um guia que explica passo-a-passo como criar uma rádio ou televisão comunitária. A cartilha, produzida pelo representante da Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária) de Brasília, José Soter, com apoio de deputados federais, é dividida em tópicos que ensinam desde como reunir a documentação necessária até a desenvolver uma boa programação.
O guia apresenta as quatro modalidades da radiodifusão comunitária: rádio comunitária, TV a cabo comunitária, TV comunitária em sinal aberto e radiodifusão pública. Para as modalidades já reguladas, traz o conteúdo das leis, e, para as que ainda não têm regulação, apresenta os principais pontos dos projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.
Há dicas essencias para a implantação de uma emissora, como um modelo de estatuto de rádios e TVs comunitárias elaborado pela Abraço, que pode ser adaptado à realidade de cada região, e quais equipamentos são necessários e adequados ao perfil dessas emissoras e seu custo. Os contatos de fabricantes de equipamentos, canais comunitários em diferentes estados e entidades que apóiam a radiodifusão comunitária, como a ANCARC (Associação Nacional Católica das Rádios Comunitárias), FNDC(Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação ), AMARC (Associação Mundial das Rádios Comunitárias), ABRAÇO e seus representantes em cada região, são um dos diferenciais interessantes deste guia.
O documento alerta também sobre como se defender da insistente repressão policial e para a necessidade de ser feito um projeto técnico bem definido, levando em conta a topografia do terreno onde será instalada a emissora.
O guia traz informações relativas à operação das emissoras, como os gêneros de programas, dicas sobre o uso da linguagem e dicção e a importância de tornar a rádio ou TV interessantes para a comunidade, através da promoção
de debates sobre questões locais e nacionais, divulgação da cultura local e de serviços como oferta de empregos e boletins sobre saúde, alimentação, qualidade de vida, etc.
Por fim, há um código de ética para aqueles que militam em rádios e televisões comunitárias.