01/09/2010
Há três semanas, entre os dias 10 e 13 de agosto, representantes dos polos da Rede de Formação do Programa Telecentros.BR se reuniram em um seminário em Brasília. Foi, na prática, o começo do árduo trabalho de formar, nos próximos 18 meses, os 16 mil a 18 mil monitores que vão trabalhar nos telecentros do programa. Este é o trabalho da Rede de Formação. Até hoje nada foi feito, em programas de inclusão digital no Brasil, em tamanha escala.
Somente nos estados da região Norte, onde serão implantados, até 2011, cerca de 2 mil telecentros, será preciso formar cerca de 4,1 mil monitores. Para comparar, o maior programa público articulado de telecentros, hoje, é o da Bahia, com cerca de mil pontos. O Acessa São Paulo, do estado de São Paulo, foi implantado em 2000 e tem cerca de 700 postos, hoje — em apenas um estado, e ao longo de dez anos.
Dar escala a iniciativas de inclusão digital é um dos objetivos do Telecentros.BR. Dar sentido a esta escala, em uma atividade como a de formação, que necessita de participação direta de milhares de pessoas e é fundamental para que qualquer projeto faça sentido, é uma tarefa enorme.
O seminário foi o segundo momento dessa construção. O primeiro havia sido na 9a. Oficina de Inclusão Digital, onde as pessoas dos polos regionais (que são sete) e do polo nacional se encontraram pela primeira vez neste trabalho e se debruçaram em cima de duas perguntas: 1. Que temas você considera importantes na formação de um monitor de telecentro? 2. Como sabemos que um telecentro deu certo?
No II Seminário, a pauta foi bem mais extensa: a apresentação das pessoas, dos polos e do cenário da formação de monitores em programas de inclusão digital de âmbito federal; a construção coletiva de princípios orientadores da formação dos monitores; o cenário para contratação de tutores, bem como o perfil desse profissional; a política de avaliação da formação; e o planejamento das próximas ações da rede.
O desdobramento da pauta dá uma ideia do imenso volume de trabalho que as equipes do polos têm à sua frente. O seminário está relatado aqui e a rede está se organizando da seguinte maneira:
* uma lista de email para encaminhamentos e decisões;
* um cronograma compartilhado de tarefas e espaços de tomada de decisão coletiva
* reuniões mensais dos polos;
* o site da rede de formação, como espaço de documentação e publicização dos processos.;
* os conselhos regionais e nacional, como conselhos gestores da política.
O trabalho continua desde o seminário. A Rede de Formação relata seus passos — isso também é novo — e nós vamos acompanhá-lo n’ARede.