Universidade brasileira vence concurso mundial com aplicativo na área da saúde

O software para medir a audição e detectar deficiências foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em parceria com o MIT

Da Wireless Mundi

05/06/2012 – A Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi a grande vencedora de uma competição mundial sobre saúde móvel, com um software para celular, que mede a audição e envia as informações para uma base de dados médica para validação dos resultados.

O concurso, promovido pela GSMA, em cooperação com a Qtel Group e a Qualcomm Incorporated, lançou o desafio para que estudantes universitários de todo o mundo desenvolvessem um conceito de saúde móvel. As 13 melhores equipes foram convidadas a participar da etapa final, realizada esta semana na GSMA – mHealth Alliance Mobile Health Summit, na Cidade do Cabo, na África do Sul.  Das 13 equipes, quatro foram selecionadas para a etapa final e, entre as quatro, a universidade brasileira foi a grande vencedora. A UFRN concorreu com a Universidade de Ciência e Tecnologia da Jordânia, a Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA, e a Universidade de Oxford, Reino Unido.

O Sana AudioPulse foi desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em parceria com o MIT, dos EUA. Usa um software de código aberto, que roda em um aparelho celular e faz uma bateria de testes, cujos dados são transmitidos por tecnologia sem-fio para um centro médico, onde os profissionais avaliam o resultado e identificam a deficiência.

Na condição de vencedora, as equipes vão receber orientação de especialistas para o futuro desenvolvimento de sua inovação. Estima-se que, mundialmente, existam 588 milhões de pessoas com alguma perda auditiva. No Brasil, cerca de 5,7 milhões de brasileiros (incluindo 6% das crianças menores de três anos) têm alguma perda auditiva. E embora exista uma lei federal que obriga a realização de testes auditivos durante a primeira semana de vida, há dificuldades em realizar esses testes com as crianças que residem em áreas distantes.  (Da redação)
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