29/08/2011
Do Tele.Síntese
A pacificação dos morros no Rio de Janeiro abriu um novo mercado consumidor de cerca de 40% dos habitantes do município, antes pouco explorado em função da atuação do tráfico de drogas e de milícias nessas comunidades. A Vivo viu nessa nova situação uma oportunidade de crescimento nessas regiões, mas optou por uma ação que trouxesse benefícios diretos para as populações carentes que vivem nelas.
Assim surgiu o projeto Vivo Comunidades, já em atuação nos complexos da Penha e do Alemão. As ações compreendem desde a melhoria da qualidade do sinal, com instalação de antenas em locais antes impeditivos; contratação e treinamento pessoas para executar atividades de mapeamento do comércio pensando na abertura de pontos de venda e recarga; e instalação de loja móvel e ações de venda porta a porta.
Segundo o diretor regional da Vivo, Versione Souza, responsável pelo projeto, desde o início a operadora entendeu que precisava ter um papel muito maior nessas comunidades, do que o mero aproveitamento comercial, com maior longevidade e que de fato contribuísse para o desenvolvimento dessas pessoas. “O primeiro passo foi mapear a qualidade do sinal, que revelou a necessidade da implantação de cinco novas antenas 3G, que custou mais de R$ 1 milhão à operadora”, disse.
“O segundo ponto do projeto foi o aproveitamento da mão de obra local, com o intuito de apoiar o resgate da autoestima dos moradores dos complexos, por meio de seleção de pessoas para trabalhar em vendas de linhas e para instalação de pontos de recarga, já que esses ficavam limitados à entrada dos morros”, disse Souza. Foram abertos mais de 150 desses pontos e a contratação direta de 40 pessoas no complexo da Penha, com carteira assinada, para venda porta a porta, especialmente o acesso móvel à banda larga, serviço de maior demanda reprimida nessas comunidades.
Outra opção da Vivo foi escolher pessoas entre os moradores para fazer a publicidade dos serviços da operadora. “Os outdoors da campanha são todos com moradores dos complexos, assim como os demais instrumentos de comunicações da companhia”, disse Souza.
Além disso, a Vivo vem apoiando as associações de moradores locais, 12 no Alemão e oito na Penha. Em uma delas, a operadora criou um ponto de apoio ao desenvolvimento de toda a comunidade, com 15 computadores conectados. Em outra, promove, junto com outras empresas, treinamento de culinária, de beleza, entre outros. Ainda em outra associação e juntamente com parceiros, a operadora patrocinou a reforma de uma sala de cinema comunitário, por meio da doação de projetor e de poltronas recicladas.
“O resultado é extremamente positivo para a Vivo e para as comunidades. Internamente, estamos maravilhados com os resultados e já estamos iniciando o projeto em outras comunidades, como na Mangueira e na Rocinha”, comemora Souza. Ele disse que os planos da empresa são de atuar em outras comunidades, mas defende que isso ocorra com calma, para manter as características do projeto. “A intenção da Vivo é expandir sua atuação comercial em busca da liderança na área, gerando um desenvolvimento sustentável para comunidade e seus negócios”, concluiu.
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