16/10/2014 – A Secretaria Municipal de Serviços de São Paulo divulgou os resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do ABC sobre hábitos e percepções dos cidadãos em relação ao uso da internet [ver dados abaixo]. As informações foram levantadas a partir de uma amostragem de mil pessoas, entre julho e agosto, em dez praças das cinco macrorregiões da capital paulista onde ainda não foi lançado o programa WiFi Livre – que oferece conexão à internet gratuita à população. “Daqui a um ano, vamos comparar esses resultados com os de uma nova pesquisa, que será realizada com um grupo de mesmo perfil sociológico, de forma que possamos verificar o que mudou na maneira de navegação das pessoas com a chegada da internet pública gratuita”, explicou o sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, coordenador do estudo.
João Cassino, coordenador de Conectividade e Convergência Digital da SME, disse que os resultados da pesquisa comprovam que a população já tem acesso e que agora os equipamentos públicos precisam se tornar espaços de infraestrutura para as atividades. “O edital Redes e Ruas, que contemplou 62 projetos de cultura digital com 3,7 milhões de reais em um ano, vai ser muito importante para a qualificação desse acesso”, ressaltou. Entre esses projetos, há iniciativas de ocupação cultural de espaços públicos que já têm ou terão sinal aberto, acrescentou o secretário de Serviços Simão Pedro. Das 120 praças do programa Wi-Fi Livre SP, 71 já foram inauguradas. Cassino informou que as demais 49 estarão em funcionamento até o final deste ano.
Simão Pedro reconheceu que a secretaria ainda enfrenta desafios para revigorar o programa de telecentros da cidade. “Os convênios estão sendo firmados com algumas entidades conveniadas, mas estamos colocando os diretos para funcionar”, garantiu. Nesses espaços, a ideia agora é fomentar conteúdos e projetos. Como as parcerias, já firmadas, com o programa Juventude Viva, de prevenção à violência contra jovens; com a Secretaria de Cultura, para formação de agentes culturais; ou com a Secretaria de Planejamento, para formação voltada aos Programas de Metas. “Queremos também trazer o Pronatec para os telecentros”, reforçou Cassino.
Confira, abaixo, alguns dos indicadores mais representativos da pesquisa:
> Gênero:
51,9 % Feminino
48% Masculino
0,1% Feminino/masculino
> Idade:
3,8% até 14 anos
13,4% de 15 a 19 anos
11,6% de 20 a 24 anos
28% de 25 a 39 anos
25,3% de 40 a 59 anos
17,8% 60 anos ou mais
> Utilizaram a internet no último mês
79,7% sim
20,3% não
> Dispositivos
41,8% notebook
35,5% desktop
10,6% tablet
59,4% celular
> Locais de acesso à internet
78,2% residência
19,5% trabalho
6,1% praça ou rua
3,9% escola ou faculdade
> Atividade na internet
86,5% redes sociais
85,2% e-mail
75,1% download de conteúdos
74,5% mensagens instantâneas
> Atividades de lazer na internet
85,1% ouvir música
80% fotos
61,8% filmes
57,6% consulta a programação cultural
44,7% jogos